quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Aprendizagem Ativa e Blended Learning: As mudanças no perfil de professor e aluno



Aprendizagem Ativa e Blended Learning: As mudanças no perfil de professor e aluno

Imagem: Info Geekie
Com a transformação da sociedade contemporânea e seus mais altos e avançados recursos, novos perfis vão surgindo e trazendo novas definições, conceitos, métodos e formas de interação na forma de educar. Dentre as mais recentes e eficientes, a Aprendizagem Ativa, que transformou a forma de interação e de organização do planejamento educacional, em que o professor deixa de ser um mero transmissor de conteúdos e passa a ser um grande orientador do conhecimento em construção, no papel de mediador e fomentador de idéias que possam vir a moldar habilidades que interessem ao objetivo principal do curso ou treinamento em questão, e o perfil do novo aluno, que deixa de lado o perfil de mero expectador no processo de ensino e passar a ser protagonista da construção do seu conhecimento, cultura e profissionalização, podendo contribuir juntamente com colegas de classe (virtual ou semi- presencial) na formação de ideias e conteúdos valorosos provenientes de experiências pessoais profissionais.
Existem diversos modelos de metodologias ativas disponíveis no mercado, entre as quais estudos de caso, aula-laboratório, trabalhos em grupos, simulações, aprendizagem baseada em problemas ou projetos (PBL), entre outras. O sucesso de qualquer uma delas, no entanto, depende de uma radical mudança na atuação do professor em sala de aula.

    
Foto: Jornal O Globo
  “O foco passa a ser o diálogo com os alunos, a sondagem de conhecimentos prévios e percepções sobre o tema em questão com incidência na problematização, contextualização e aplicação prática dos conhecimentos”, explica Maria Aparecida Felix do Amaral, coordenadora do curso de pedagogia e integrante do Núcleo de Assessoria Pedagógica do Centro Universitário Salesiano de São Paulo (Unisal).


Dentre os destaques positivos da metodologia, o desenvolvimento do raciocínio, a expertise diante de situações do cotidiano e a interação diferenciada entre professores e alunos, fazem toda a diferença na formação de profissionais bem engajados e preparados para exercer funções e desenvolver habilidades específicas.
Entre o que é preciso reforçar, nas palavras do Professor Historiador Fábio José Garcia dos Reis, do Instituto Expertise de Educação:


As IES que pretendem implementar aprendizagem ativa precisam assumir o desafio de instituírem processos de mudanças na cultura institucional, especialmente, na área acadêmica. As definições fazem referência à autonomia dos discentes, autogerenciamento, corresponsabilidade e engajamento dos estudantes em sua aprendizagem. Esses temas não são comuns no cotidiano das IES e requerem uma série de outras mudanças na atitude dos professores, na concepção de avaliação, na infraestrutura e na capacidade da IES criar vínculos entre ensino, aprendizagem e tecnologia. Planejamento, vontade de assumir riscos, diálogo com o corpo docente e discente, capacidade de reorganizar o projeto acadêmico, assertividade, cooperação nacional e internacional e formação de redes para a troca de experiência e líderes engajados são alguns dos ingredientes para que a IES tenha sucesso com a implementação dos processos de aprendizagem ativa.


A Educação do século XXI: A quebra de barreiras intransponíveis

A internet, que veio para trazer comodidade e produtividade nas grandes corporações e posteriormente nos lares, com trocas de e-mails, gerenciamento de produção, recursos até mesmo para a integração de famílias, comunidades, amigos.
Ao passo em que as grandes transformações tecnológicas e sociais aconteciam, novas formas de fazer e ensinar iam ganhando contorno: a educação a nível mundial passaria por uma mudança profunda e transformadora, na qual iniciariam grandes discussões para o entendimento e o formato eficiente de fazer educação, com qualidade, seriedade, eficiência e resultados satisfatórios.
O que houve após essa série de fatores desencadeou mudanças profundas não apenas na forma de ‘’fazer educação’’, mas na construção de uma sociedade mais justa e igualitária em condições de ensino e aprendizagem, quebrando barreiras que ora antes eram intransponíveis, podendo levar educação a lugares mas distantes, ao passo que também pode fazer com que alguém que mora no interior de um estado como o Amazonas, poder fazer um curso em uma universidade nos EUA ou Japão, o que acaba trazendo um mix de conteúdos e culturas diferentes, com novas perspectivas profissionais e pessoais.


Blended Learning

Fonte: Ead Box
A modalidade de aprendizagem híbrida, o blended learning ou b-learning, busca combinar práticas pedagógicas do ensino presencial e do ensino a distância, com o objetivo de melhorar o desempenho dos alunos em ambos os ensinos.
Os alunos têm a oportunidade de ter um contato prévio com o conteúdo de forma antecipada e ir formando verdadeiras rotas de conhecimento que podem ser levadas em sala de aula em forma de discussão e construção de conhecimento com os demais alunos, o que promove mudanças profundas na forma de conduzir os processos educacionais de forma ética e eficiente.

Ao passo em que a educação vai solidificando novos métodos e recursos, se torna imperioso que os profissionais envolvidos em educação tenham uma estratégia de mudanças, onde o primeiro passo é identificar entre os colaboradores aqueles que estão interessados em participar desta mudança e planejar de maneira efetiva e integrada os formatos educacionais e as plataformas de trabalho.
Educar, além de desafiador é assumir o papel de protagonista na formação de uma sociedade melhor, mais justa e com oportunidades igualitárias a todos.



Por: Pablo Babington Oliveira.









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