Aprendizagem Ativa e Blended Learning: As
mudanças no perfil de professor e aluno
Imagem: Info Geekie |
Com a transformação da sociedade
contemporânea e seus mais altos e avançados recursos, novos perfis vão surgindo
e trazendo novas definições, conceitos, métodos e formas de interação na forma
de educar. Dentre as mais recentes e eficientes, a Aprendizagem Ativa, que
transformou a forma de interação e de organização do planejamento educacional,
em que o professor deixa de ser um mero transmissor de conteúdos e passa a ser
um grande orientador do conhecimento em construção, no papel de mediador e
fomentador de idéias que possam vir a moldar habilidades que interessem ao objetivo
principal do curso ou treinamento em questão, e o perfil do novo aluno, que
deixa de lado o perfil de mero expectador no processo de ensino e passar a ser
protagonista da construção do seu conhecimento, cultura e profissionalização,
podendo contribuir juntamente com colegas de classe (virtual ou semi- presencial)
na formação de ideias e conteúdos valorosos provenientes de experiências
pessoais profissionais.
Existem diversos modelos de
metodologias ativas disponíveis no mercado, entre as quais estudos de caso,
aula-laboratório, trabalhos em grupos, simulações, aprendizagem baseada em
problemas ou projetos (PBL), entre outras. O sucesso de qualquer uma delas, no
entanto, depende de uma radical mudança na atuação do professor em sala de aula.
Foto: Jornal O Globo |
Dentre os destaques positivos da metodologia, o
desenvolvimento do raciocínio, a expertise diante de situações do cotidiano e a
interação diferenciada entre professores e alunos, fazem toda a diferença na
formação de profissionais bem engajados e preparados para exercer funções e desenvolver
habilidades específicas.
Entre o que é preciso reforçar,
nas palavras do Professor Historiador Fábio José Garcia dos Reis, do Instituto Expertise de
Educação:
As IES que pretendem implementar aprendizagem ativa precisam
assumir o desafio de instituírem processos de mudanças na cultura
institucional, especialmente, na área acadêmica. As definições fazem referência
à autonomia dos discentes, autogerenciamento, corresponsabilidade e engajamento
dos estudantes em sua aprendizagem. Esses temas não são comuns no cotidiano das
IES e requerem uma série de outras mudanças na atitude dos professores, na
concepção de avaliação, na infraestrutura e na capacidade da IES criar vínculos
entre ensino, aprendizagem e tecnologia. Planejamento, vontade de
assumir riscos, diálogo com o corpo docente e discente, capacidade de
reorganizar o projeto acadêmico, assertividade, cooperação nacional e
internacional e formação de redes para a troca de experiência e líderes
engajados são alguns dos ingredientes para que a IES tenha sucesso com a
implementação dos processos de aprendizagem ativa.
A
Educação do século XXI: A quebra de barreiras intransponíveis
A internet, que veio para trazer
comodidade e produtividade nas grandes corporações e posteriormente nos lares,
com trocas de e-mails, gerenciamento de produção, recursos até mesmo para a
integração de famílias, comunidades, amigos.
Ao passo em que as grandes transformações
tecnológicas e sociais aconteciam, novas formas de fazer e ensinar iam ganhando
contorno: a educação a nível mundial passaria por uma mudança profunda e
transformadora, na qual iniciariam grandes discussões para o entendimento e o
formato eficiente de fazer educação, com qualidade, seriedade, eficiência e resultados
satisfatórios.
O que houve após essa série de fatores desencadeou
mudanças profundas não apenas na forma de ‘’fazer educação’’, mas na construção
de uma sociedade mais justa e igualitária em condições de ensino e aprendizagem,
quebrando barreiras que ora antes eram intransponíveis, podendo levar educação
a lugares mas distantes, ao passo que também pode fazer com que alguém que mora
no interior de um estado como o Amazonas, poder fazer um curso em uma
universidade nos EUA ou Japão, o que acaba trazendo um mix de conteúdos e
culturas diferentes, com novas perspectivas profissionais e pessoais.
Blended Learning
Fonte: Ead Box |
A modalidade de aprendizagem
híbrida, o blended
learning ou b-learning, busca combinar práticas
pedagógicas do ensino presencial e do ensino a distância, com o objetivo de
melhorar o desempenho dos alunos em ambos os ensinos.
Os alunos têm a oportunidade
de ter um contato prévio com o conteúdo de forma antecipada e ir formando
verdadeiras rotas de conhecimento que podem ser levadas em sala de aula em
forma de discussão e construção de conhecimento com os demais alunos, o que
promove mudanças profundas na forma de conduzir os processos educacionais de
forma ética e eficiente.
Ao passo em que a educação vai
solidificando novos métodos e recursos, se torna imperioso que os profissionais
envolvidos em educação tenham uma estratégia de mudanças, onde o primeiro passo
é identificar entre os colaboradores aqueles que estão interessados em
participar desta mudança e planejar de maneira efetiva e integrada os formatos
educacionais e as plataformas de trabalho.
Educar, além de desafiador é
assumir o papel de protagonista na formação de uma sociedade melhor, mais justa
e com oportunidades igualitárias a todos.
Por: Pablo Babington Oliveira.
https://www.greenme.com.br/viver/especial-criancas/1761-um-bom-metodo-de-ensino-a-aprendizagem-ativa
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